O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se manifestou nesta sexta-feira, 14, contra o projeto de lei que teve regime de urgência aprovado nesta semana e equipara o aborto após 22 semanas ao crime de homicídio no país. mesmo em casos permitidos pela legislação vigente, como estupro e risco para a vida da mulher. A proposta foi capitaneada pela ala conservadora do Legislativo e poderá ser votado no plenário sem passar por comissões.
“Não contem com o governo para mudar a legislação de aborto do país, ainda mais para um projeto que estabelece que uma mulher estuprada vai ter uma pena duas vezes mais do que o estuprador. Não contem com o governo para essa barbaridade. Reforçar isso com os líderes. Vamos trabalhar para quem um projeto como esse não seja votado”, disse Padilha.
“O governo, o presidente Lula ao longo da sua história, até atendendo solicitações de lideranças religiosas de parte da sociedade, sempre disse que nunca ia fazer nada para mudar a legislação atual do aborto no país. Nunca faria nenhum gesto, nenhuma ação para mudar a legislação de interrupção da gravidez no país. E nós continuamos com essa mesma postura”, acrescentou o ministro, que falou pela primeira vez sobre o assunto.