Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Radar

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia e Nicholas Shores. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Pacheco enfrenta Lira e decide instalar comissões mistas para analisar MPs

Na Câmara, já se fala que a resolução do presidente do Senado e do Congresso é 'claramente nula'

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 mar 2023, 15h45 - Publicado em 23 mar 2023, 13h25

Em meio ao impasse com Arthur Lira sobre o rito das medidas provisórias no Congresso, Rodrigo Pacheco anunciou há pouco que decidiu instalar comissões mistas para analisar as MPs editadas por Lula, revogando o procedimento abreviado adotado durante a pandemia da Covid-19.

Prevista na Constituição, a análise dos atos do presidente da República em colegiados compostos por deputados federais e senadores foi classificado recentemente como “antidemocrática” pelo presidente da Câmara, que tenta manter a análise separada entre as duas Casas.

Na condição de presidente do Congresso, Pacheco acolheu uma questão de ordem apresentada pelo senador Renan Calheiros, que vem a ser o principal rival de Lira. Ele anunciou no plenário do Senado que a decisão segue, por unanimidade, o entendimento de todos os líderes partidários da casa, e seria informada à Câmara por escrito.

“Encerrada a pandemia, havia a necessidade, obviamente, da retomada da ordem constitucional e do cumprimento da Constituição no rito das medidas provisórias, isso com uma obviedade muito grande”, disse Pacheco. “O que aconteceu? Infelizmente, a Câmara não concordou”, acrescentou.

“Esta é a nossa obrigação, temos um compromisso com o Brasil, não com o governo, necessariamente, de que medidas provisórias sejam apreciadas, sob o rito previsto na Constituição Federal, com a instituição e a instalação das comissões mistas que serão compostas por deputados federais e senadores”, declarou.

O presidente do Senado então deu um recado indireto a Lira, ao defender o rito constitucional:

Continua após a publicidade

“Naturalmente, permitindo um debate, num colegiado de menor número para cada medida provisória, que é a razão de ser das comissões mistas, e de uma forma muito democrática, respeitando-se, inclusive, a proporcionalidade na indicação desses membros das comissões mistas. E, com isso, retirando o poder concentrado da presidência do Senado e da presidência da Câmara dos Deputados na condução das medidas provisórias. Enfim, é o restabelecimento do cumprimento pleno, óbvio, claro do que está previsto na Constituição da República”, concluiu.

Na Câmara, a decisão já foi mal recebida. Aliados de Lira alegam que questões de ordem sobre matérias do Congresso têm que ser avaliada em sessão do Congresso, e não do Senado. Pacheco teria, portanto, violado o regimento comum entre as duas Casas, já que deputados não tiveram o direito de contraditar e recorrer. Por isso, a resolução seria “claramente nula”.

E deixaram um recado sobre uma possível repercussão que pode acabar respingando no governo Lula.

“O problema é que se Pacheco chamar uma reunião do Congresso vai ter que ler o requerimento da CPMI do 8 de janeiro”, disse um interlocutor do presidente da Câmara ouvido pelo Radar.

Outra retaliação aventada na Câmara é que os líderes partidários não indiquem os membros dos colegiados, o que inviabilizaria o funcionamento das comissões.

Continua após a publicidade

Mais cedo, Lira havia anunciado que a Câmara fará um esforço concentrado na semana que vem para votar as 13 MPs do governo Bolsonaro que ainda tramitam no Legislativo. E alfinetou Pacheco, dizendo que “há dificuldade em se entender quem manda ou quem dirige o Senado” e que “posicionamentos políticos locais não deveriam interferir na dinâmica do Brasil”.

“Lamento que a política regional de Alagoas interfira no Brasil. O Senado não pode ser refém da política de Alagoas e nem do Amapá”, declarou o presidente da Câmara, em referência velada a Calheiros e Davi Alcolumbre. “O maior interessado na vigência das MPs é o Senado, porque foram eles que indicaram ministros, são eles que têm ministérios”, complementou.

O deputado reforçou que a Casa se sente sub-representada nas comissões mistas e o Senado “está super-representado”, já que a Câmara, com 513 deputados, tem os mesmo número de integrantes (13) nas comissões mistas que o de senadores. Ele também disse que os colegiados favorecem a inclusão dos chamados jabutis, itens que não têm relação com o texto original das medidas.

“As comissões mistas são antidemocráticas, são infrutíferas e palco de negociação de matérias que sempre trouxeram dúvidas e névoas nas medidas provisórias […] Se o Senado insistir numa decisão draconiana em fazer unilateralmente a instalação das comissões mistas e unilateralmente a indicação, instala-se, não se delibera e isso pode derrubar as medidas provisórias do governo […] Na comissão mista truculenta, não vão andar as matérias de medida provisória”, insistiu Lira.

Ele defende a construção de uma PEC para garantir o aumento proporcional dos deputados nas comissões ou para alterar do rito das medidas provisórias. E disse que os líderes partidários querem manter suas prerrogativas de iniciar a análise das MPs, alternando com os senadores.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

3 meses por 12,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.