Os canais diplomáticos com a Venezuela estão “desligados” desde o veto do Brasil à entrada dos vizinhos no Brics, durante a cúpula do bloco no mês passado, em Kazan, na Rússia.
Desde então, o ditador Nicolás Maduro subiu o tom contra o Itamaraty, atacou o chanceler Mauro Vieira, convocou o embaixador do país no Brasil para consultas em Caracas e chamou Celso Amorim, assessor especial de Lula, de “mensageiro do imperalismo norte-americano”.
Entre diplomatas brasileiros, o “silêncio no rádio” com os venezuelanos já era esperado em meio a essa crise. Nesta semana, no entanto, o que chamou atenção foi o tom bastante cordial do governo Maduro ao felicitar Donald Trump pela eleição nos Estados Unidos. Nada de críticas ao imperialismo desta vez.
Em comunicado emitido na quarta-feira, a República Bolivariana da Venezuela felicitou o povo dos Estados Unidos pelas eleições presidenciais de terça e ao presidente eleito por sua vitória. “Venezuela sempre estará disposta a estabelecer boas relações com os governos estadunidenses, enquadradas em um espírito de diálogo, respeito e sensatez”, diz a nota.