O que disse Ciro Gomes no debate sobre corrupção no governo Bolsonaro
Pedetista mencionou interferência na PF e suspeitas no Banco do Brasil e na Petrobras

Ciro Gomes (PDT) aproveitou um direito de resposta concedido no debate presidencial promovido neste sábado por VEJA e um pool de veículos de comunicação para levantar casos de suspeitas de corrupção no governo de Jair Bolsonaro (PL). O pedetista ganhou o direito depois de Bolsonaro mencionar que ele foi alvo de uma ação da PF em dezembro de 2021, em uma operação que investiga suspeitas de fraudes na construção da Arena Castelão, em Fortaleza. Em fevereiro deste ano, a quarta turma do TRF5 anulou as ações.
Ciro se defendeu brevemente e usou o tempo para elencar uma série de casos em que ele diz haver suspeitas corrupção no governo Bolsonaro, a começar pela interferência do presidente na PF para “proteger os filhos” nas investigações de casos de rachadinha. Ele mencionou também as suspeitas que disse ter sobre a venda de ativos estatais para empresas privadas, como a venda de uma carteira carteira de crédito do Banco do Brasil ao BTG, numa operação que foi mais tarde questionada pela CGU.
Outros alvos de Ciro foram a venda de uma refinaria da Petrobras na Bahia ao fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, e a privatização da TAG, a subsidiária de dutos da estatal no Norte e Nordeste que foi arrematada pela francesa Engie.
“Bolsonaro, você vendeu a carteira de crédito de 3,3 bilhões de reais do Banco do Brasil por trezentos e poucos milhões para o BTG. Ai tem! Você vendeu a [refinaria da Petrobras] Landulpho Alves por metade do preço para um fundo obscuro dos Emirados Árabes. Se vendeu pela metade do preço, alguém ganhou e o povo brasileiro perdeu. Bolsonaro, você vendeu os gasodutos e oleodutos da Petrobras e entregou um contrato de aluguel [da estatal com os novos donos] e essa é a roubalheira mais escandalosa que eu já vi”, disse Ciro.