O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, está na Câmara nesta quarta para falar na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Quem chegou há pouco na sala foi Luis Miranda, o deputado que foi abertamente ameaçado por Onyx há algumas semanas com uma fala sobre Deus e sobre denunciação caluniosa que terminou desmoralizada por Jair Bolsonaro, que confirmou a história narrada por Miranda sobre a reunião no Alvorada.
Onyx se justifica sobre o documento que ele apresentou para desqualificar Miranda no dia em que deu entrevista para desqualificar o deputado Miranda.
“Esse invoice nós apresentamos porque o próprio deputado apresentou. Isso era o que tínhamos. Foi isso o apresentado pelo cidadão que fez a denúncia (apontando para Miranda)”, diz Onyx.
O ministro sustenta que os irmãos Miranda apresentaram um documento falso ao presidente e lembra que a diretora da Precisa, Emanuela Medrades, desafiou os irmãos a provar a autenticidade do documento. “Até em respeito ao colega, vou dizer que eles criaram uma grande fantasia. Tô dizendo essa palavra respeitando o colega parlamentar. Poderia dizer outra palavra”, diz Onyx a Miranda.
O ministro segue um tom bem mais baixo do que o visto no Planalto há algumas semanas. “Usamos a palavra mais forte em relação ao deputado, mas em nenhum momento ela foi uma palavra para agredir”, diz o ministro.
“Tenho certeza de que a reação dele foi muito mais por não saber da verdade do que por ter alguma coisa contra este parlamentar”, diz Miranda. “Mas não tenho nada contra ele mesmo”, segue o deputado.
Miranda deixa claro que não quis divulgar a conversa que teve com o presidente. E vai resgatando todo o histórico dos movimentos dele e do irmão Luis Ricardo Miranda no caso.