O próximo chefe do PT já tem perfil definido. Segundo um influente interlocutor do partido, a sigla vai precisar se reinventar para sair do isolamento consolidado com as derrotas na eleição municipal deste ano — o petismo terminou menor até do que o PSDB.
Além de não ter diálogo com interlocutores de centro, a sigla não se modernizou, não criou novas lideranças e está mais dependente do que nunca de Lula para seguir relevante na política.
Atual chefe do partido, Gleisi Hoffmann é alvo de críticas por sua atuação mais colada aos movimentos ideológicos de esquerda, mas nem tudo, em sua gestão, é visto de forma ruim.
“(O próximo presidente do PT precisa ser menos Gleisi, e falar para fora da bolha de esquerda, mas também precisa ser como Gleisi na obediência a Lula”, diz esse petista.
O problema do petismo, no entanto, é maior do que tal avaliação. A sigla precisa começar a construir o pós-Lula, o que já provoca disputas internas de poder explosivas entre potenciais nomes da sigla com estatura para disputar o Planalto nas próximas eleições.
Construir o pós com Lula no poder, no entanto, parece algo improvável.