Após o episódio da interrupção da gravidez da menina de 10 anos que foi estuprada – Damares Alves não apoiou essa intervenção, ao contrário – a ministra, seu grupo ideológico e sua turma no Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos escolheram novo alvo para atacar: o plantio da cannabis para a produção do canabidiol medicinal.
Numa live, Damares atacou o texto do deputado Luciano Ducci (PSB-PR), relator do assunto na comissão especial da Câmara. Ele apresentou seu relatório há alguns dias e já é alvo de duras críticas do governo, que sempre atuou contra o plantio para produção do remédio.
Ao lado de deputados ligados a bancadas evangélica e católica, além da presença do deputado Osmar Terra (MDB-RS) – principal opositor na Câmara a essa ideia – a ministra afirmou saber o que “está por trás” desse projeto.
“Não é uso medicinal coisa nenhuma. Temos que cuidar das nossas crianças sem liberar a plantação no Brasil. Quero o melhor, mas que não seja a plantação em massa. Sei exatamente o que está por trás. Não é o uso medicinal”
Essa posição da ministra não é nova, mas agora autorizou o uso de seu nome o tempo todo na campanha contra o projeto do relator e que será votado na comissão especial, presidida pelo petista Paulo Teixeira (SP).
“Usem o meu nome o tempo todo. Todos estão autorizados a usar meu nome em imagem de cartaz, em panfleto, em vídeo. Não vou me silenciar. Não tenho medo desse tema. Não me acovardo, não faço concessão. Não dou um passo atrás. E nem negocio. Contem comigo em toda luta”, disse Damares.