A fala pública de José Múcio sobre projetos estratégicos do Ministério da Defesa travados no governo lavou a alma de outros ministros de Lula. Há um desencanto em alguns gabinetes com a condução do Planalto.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, por exemplo, submergiu. Desde a posse, espera alguma prioridade do Planalto para sua PEC da Segurança Pública, mas nada acontece.
“Está magoado, deu até uma sumida”, diz um colega.
Antes prestigiado por Lula, Geraldo Alckmin é outro que tem atravessado o deserto no governo, sem espaço para discussões sobre temas da sua área. Além de vice-presidente, o ex-governador de São Paulo comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
“Nas reuniões, ele não fala. Parece ter desistido”, afirma um ministro.