Presidente do IBGE, Marcio Pochmann não gostou de uma longa reunião que teve com o presidente da Fiesp, Josué Gomes, e dirigentes de mais de 100 sindicatos que compõem a Federação das Indústrias paulista.
“É uma questão de saber conduzir, nisso o Paulo (Skaf) era melhor (que Josué)”, desabafou o economista, que já presidiu o Instituto Lula, com um empresário em evento recente que participou na sede da Fiesp.
No início do ano, Gomes e o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, tiveram uma disputa sem precedentes pelo comando da entidade. Josué, aliado de Lula, chegou a ser destituído, mas depois voltou à Presidência e assinou uma carta conjunta com o então opositor, selando a paz.
À frente da Fiesp, Skaf protagonizou forte oposição dos industriais contra governos do PT. A campanha “Não Vou Pagar o Pato” contra o aumento de impostos, em 2015, contribuiu para o desgaste do governo Dilma Rousseff, impichado no ano seguinte.
Paulo Skaf, que já concorreu ao governo de São Paulo pelo PSB e pelo MDB, é filiado ao Republicanos, antigo PRB, partido do falecido José Alencar, pai de Josué e vice de Lula nos primeiros mandatos do petista no Planalto.