Dos 37 acordos firmados entre Brasil e China durante a visita oficial de Xi Jinping ao país, na última quarta, seis estão diretamente ligados ao Ministério da Agricultura de Carlos Fávaro. Os dados mostram como o agro vem avançando no comércio de diferentes produtos no mercado chinês — com potencial para ampliação ainda maior de negócios no curto e médio prazo.
A Agricultura assinou, nesta semana, quatro protocolos de requisitos fitossanitários que representam a abertura do mercado chinês para uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal. Os novos segmentos se somam ao mercado aberto em junho deste ano, quando a China aprovou os requisitos sanitários para a importação de noz-pecã brasileira. O potencial comercial pode chegar a 500 milhões de dólares por ano.
“Mais que possibilitar o acesso de uma pauta diversificada de produtos brasileiros, cultivados em diferentes regiões do país, a um mercado de mais de 1,4 bilhão de habitantes, a abertura desses mercados estimula a produção agropecuária do país com potencial de alavancar o Brasil à primeira posição de exportador mundial, a exemplo do que aconteceu neste ano, quando o país ultrapassou os Estados Unidos na comercialização de algodão no mundo”, diz a pasta.
Também foram firmados, durante a visita oficial do presidente chinês, o Memorando de Entendimento para o intercâmbio e colaboração sobre tecnologia e regulação de pesticidas com o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China e a Carta de Intenções com a Administração Estatal de Regulação de Mercados chinesa para promoção da cooperação técnica, científica e comercial no setor agrícola.
Para a promoção da agropecuária brasileira, ainda foi assinado o Memorando de Entendimento entre o Grupo de Mídia da China e a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil.
Desde o início da gestão, Fávaro realizou duas missões ministeriais à China, e o país asiático é o único que conta com dois postos de adidos agrícolas.