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Nanossatélite amplia papel da academia no Programa Espacial Brasileiro

Desenvolvido e operado pelo Brasil, artefato vai monitorar em tempo real as condições geoespaciais sobre o território nacional

Por Mariana Muniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 mar 2021, 17h30

Com pouco mais de 1,7 Kg, o NanoSatC-BR 2 (Nanossatélite Científico Brasileiro) será lançado ao espaço, neste sábado (20). Desenvolvido e operado pelo Brasil, este é o segundo artefato, do padrão Cubesat, enviado para monitorar, em tempo real, as condições geoespaciais, sobre o território nacional.

O nanossatélite dará suporte a estudos e análises científicas acerca de distúrbios observados no campo magnético terrestre, como anormalidades nos níveis de irradiação solar. O primeiro, NanoSatC-BR 1, foi lançado em 2014 e continua em funcionamento.

Projetado pela Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), integrante do Sistema Nacional de Desenvolvimento da Atividades Espaciais (Sindae), o nanossatélite científico envolveu alunos de graduação e pós-graduação de engenharias e tecnologias espaciais.

Com a participação acadêmica, o mapeamento geomagnético com dados de satélites nacionais ressalta a atuação do Brasil nos estudos sobre a Anomalia Magnética do Atlântico Sul, fenômeno que provoca efeitos indesejáveis em vários satélites e sistemas nacionais e internacionais.

De acordo com o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, o Programa NanoSatC-BR representa o avanço na integração das universidades ao Programa Espacial Brasileiro.

“Por meio de parcerias para a contínua preparação de recursos humanos, por vias acadêmicas, aprimoramos as competências do Sindae. Missões como a desse satélite científico contribuem para a formação de pessoal e para o conhecimento dos fenômenos naturais, ao tempo em que abre oportunidades para a utilização de novas tecnologias para sistemas espaciais”, destaca.

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