Nem todo mundo sabe, mas por trás de grandes invenções que revolucionaram o mundo, numa época em que a luta feminina por direitos iguais ainda engatinhava, estão mulheres inventoras.
Considerada a mãe do Wifi, a atriz hollywoodiana Hedy Lamarr criou a primeira tecnologia de transmissão sem fio. A analista de sistemas Grace Hopper, a rainha da computação, criou a base para o primeiro software de computador. Já a programadora Condessa Ada Lovelace foi responsável pelo primeiro algoritmo para implementação em computadores, ainda no século 19.
Já no século 21, assistimos uma ascensão gradual e constante da representação feminina no campo das invenções. De acordo com levantamento realizado pelo escritório Licks Attorneys a partir de dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, estamos chegando a quase um terço dos pedidos de patentes de invenção registrados por mulheres no Brasil.
Em 2002, apenas 12,46% dos pedidos de patente de invenção foram assinados por mulheres. Em 2018, chegamos ao percentual de 32,85% e, em 2023, por enquanto, são 33,33%. Nos anos do auge da pandemia de coronavírus, no entanto, houve um recuo para 29,47% em 2021 e 22,25% em 2022.
“Apesar da curva ascendente no número de mulheres depositando pedidos de patentes de invenção no INPI nos últimos 20 anos, chama atenção esse recuo nos anos da pandemia. Isso pode ser justificado pela sobrecarga do trabalho feminino doméstico nesses anos, e pelo aumento da dupla jornada”, destaca Ana Carolina Correa, head de depósitos de patentes do Licks Attorneys.