O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu prorrogar por mais 60 dias o inquérito da PF que apura a responsabilidade do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha e do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, nos ataques terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.
O ex-secretário interino de Segurança Pública Fernando de Sousa Oliveira e o ex-comandante-geral da Polícia Militar, Fábio Augusto Vieira, também são investigados pela Polícia Federal, que solicitou a dilação do prazo.
Em relatório encaminhado ao STF, o delegado responsável pelo inquérito apontou sete diligências ainda pendente de realização, entre elas a análise de impressões digitais encontradas na “minuta de decreto” encontrada na casa de Torres, que está preso desde o dia 14 do mês passado. O documento sinaliza o caminho para um possível golpe do governo Bolsonaro contra o resultado das eleições vencidas por Lula, em 2022.
Outra diligência que ainda não foi concluída foi uma análise de protocolos de ações e planejamentos da PM do DF em grandes eventos anteriores “para entender se houve quebra de padrão quanto ao planejamento das ‘manifestações’ ocorridas de 06 a 08 de janeiro de 2023”.
Os policiais também querem terminar de analisar os dados extraídos do celular de Marília Ferreira Alencar, Marília Ferreira Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, e de materiais apreendidos com Ibaneis Rocha e Fábio Augusto Vieira.
No relatório, o delegado Raphael Soares Astini solicitou a “concessão de novo prazo para conclusão e cumprimento das diligências em curso e outras porventura determinadas”.
“Assim, considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes, há necessidade de prorrogação do presente inquérito”, concluiu Moraes.