Moraes manda PF interrogar Weintraub por vídeo com fake news
Investigadores que aturam no inquérito do STF terão cinco dias para ouvir o ex-ministro de Jair Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, que relata no STF uma série de investigações contra bolsonaristas radicais, determinou que a Polícia Federal colha o depoimento de Abraham Weintraub.
Moraes sustenta que Weintraub, num vídeo, propaga “diversas informações falsas acerca da atuação do STF e de condutas relacionadas a um de seus membros”.
“O objeto do INQ 4.781/DF, ao qual este feito foi distribuído por prevenção, é a investigação de notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do STF, de seus membros; bem como de seus familiares, quando houver relação com a dignidade dos ministros, inclusive o vazamento de informações e documentos sigilosos, com o intuito de atribuir e/ou insinuar a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte, por parte daqueles que têm o dever legal de preservar o sigilo; e a verificação da existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e o Estado de Direito”, escreve Moraes.
O ministro diz que analisou o material e constatou que as falas de Weintraub se enquadram nos crimes investigados pelo inquérito das fake news. Por causa disso, diz Moraes, “se mostra necessária a adoção de medidas destinadas à completa elucidação dos fatos”.
Moraes determina a “expedição de ofício à empresa Youtube Brasil para que disponibilize, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, a íntegra do material relacionado à entrevista objeto do vídeo publicado”.
Também ordena “o encaminhamento de cópia desta decisão à Polícia Federal para que proceda à oitiva, no prazo máximo de cinco dias, de Weintraub.
Moraes dá prazo de dez dias para manifestação da PGR.