O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou, nesta quinta, a apreensão do celular do ex-auxiliar dele no TSE Eduardo Tagliaferro, após ele ter sido ouvido pela Polícia Federal sobre vazamentos de mensagens divulgadas pela Folha.
Tagliaferro prestou depoimento em um inquérito sigiloso aberto para investigar a fonte do vazamento das mensagens da equipe do ministro para a Folha. Ele foi chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE e se recusou a entregar o aparelho celular nesta quinta. Com isso, a PF confiscou o aparelho.
A PGR foi favorável ao procedimento: “O pedido da autoridade policial convence da imprescindibilidade da providência, em prol do avanço das investigações, que podem se beneficiar do achado de documentos, anotações, registros, mídias, aparelhos eletrônicos e demais dispositivos de armazenamento de dados reveladores de circunstâncias delituosas, da eventual participação de outros agentes, propiciando uma mais completa compreensão de condutas relevantes”.
“Determino a busca pessoal em face de Eduardo de Olivera Tagliaferro para que se proceda à apreensão do aparelho celular do investigado, bem como de outros dispositivos eletrônicos ou materiais relacionados aos fatos objeto deste inquérito”, diz Moraes.
“Autorizo, desde logo, o acesso e a análise de todo o conteúdo (dados, arquivos eletrônicos, mensagens eletrônicas e e-mails) armazenado, incluindo eventuais documentos bancários, fiscais e telefônicos, bem como dos dados telemáticos obtidos, permitindo à autoridade acessar dados armazenados em eventuais computadores, smartphones, dispositivos de bancos de dados, mídias de armazenamento de dados (HDs, pen drive, etc) e quaisquer outros arquivos eletrônicos de qualquer natureza, podendo, se necessário for, realizar a impressão do que for encontrado e submeter à pronta análise policial e perícia técnica”, decidiu Moraes.