Moraes chama redes para reunião no TSE e Telegram ignora
Plataforma não enviou representante a reunião para pedir reforço no combate a fake news
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, reuniu nesta quarta plataformas de redes sociais para discutir formas de vigilância a fake news após constatar a escalada da desinformação no segundo turno. Google, Meta (que reúne Facebook, Instagram, Whataspp), Twitter, TikTok, Twitch, Kwai e Linkedin. O Telegram foi convidado, mas não enviou nenhum representante ao encontro.
Há 7 meses, o aplicativo chegou a ser bloqueado por Moraes após demonstrações de resistência para colaborar com a Justiça. Em 19 de março, o ministro deu 24 horas para a plataforma russa suspender o serviço no Brasil. O STF teria cobrado o bloqueio e a desmonetização das contas ligadas ao bolsonarista Allan dos Santos, foragido do inquérito das milícias digitais. Na época, o fundador da ferramenta, Pavel Durov, alegou não ter recebido as solicitações da Corte.
A suspensão do serviço durou apenas um dia. Em 20 de março, o aplicativo voltou a funcionar, segundo Moraes, porque o Telegram começou a dar respostas sobre as determinações da Justiça. A empresa indicou um advogado para representá-la no Brasil, se comprometeu a monitorar a desinformação nos canais mais populares do país e apagou uma mensagem de Jair Bolsonaro, que compartilhava informações sigilosas da investigação sobre um suposto ataque hacker ao TSE.