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Ministro de Lula repudia acusações de assédio sexual: “dói na alma”

Tratam-se de “ilações absurdas”, segundo Almeida

Por Pedro Pupulim Atualizado em 5 set 2024, 21h32 - Publicado em 5 set 2024, 20h58

O Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, divulgou uma nota no fim da tarde desta quinta-feira, 5, repudiando acusações de assédio sexual que sofreu.

Segundo informação antecipada pelo portal “Metrópoles”, a organização Me Too Brasil, que se apresenta como uma entidade de apoio a vítimas de violência sexual, teria recebido denúncias de casos de assédio sexual envolvendo o ministro. Entre as vítimas, estaria Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial do governo Lula e irmã de Marielle Franco.

Silvio Almeida desmentiu as imputações e as classificou, entre outros adjetivos, como “ilações absurdas”. O ministro se disse triste com o acontecido e afirmou que elas são conflitantes com a luta pelos direitos humanos.

“Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro”, disse.

 

 

Veja a íntegra da nota divulgada pelo ministro Silvio Almeida:

 

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.

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Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.

Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro.

Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso.

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As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram “denunciação caluniosa”. Tais difamações não encontrarão par com a realidade. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias.

Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício”.

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