O Ministério da Saúde vai lançar nesta quinta-feira um painel de monitoramento de poluição atmosférica e sua relação com a saúde humana, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima. A ferramenta vai identificar áreas com maior exposição ao material particulado fino, o MP2,5, com o objetivo de apoiar a formulação de políticas públicas e ações de saúde ambiental, além fortalecer a vigilância em saúde no Brasil.
O Painel Vigiar vai fornecer estimativas dos impactos na saúde humana atribuíveis à exposição ao MP2,5 para municípios com população adulta acima de 10.000 habitantes, apontando o número de mortes pelas causas selecionadas que poderiam ser evitadas se as concentrações de materiais particulados estivessem dentro dos limites recomendados pela OMS. A ferramenta também informará as concentrações anuais e mensais da partícula inalável e o percentual de populações expostas, que poderão ser consultados por localidade e grupos populacionais.
O MP2,5 se refere a partículas finas presentes no ar, de natureza sólida ou líquida, originadas de veículos, indústrias, incêndios florestais e atividades humanas, entre outras fontes. Devido ao seu tamanho microscópico, podem penetrar no trato respiratório inferior, alcançar os alvéolos pulmonares, entrar na corrente sanguínea e causar uma série de efeitos na saúde humana, tais como doenças respiratórias, cardíacas e até câncer. Entre os grupos mais sensíveis estão crianças, idosos, gestantes e populações com pré-condições de saúde.
A iniciativa será lançada durante o evento sobre a Política Nacional de Qualidade do Ar, marcado para começar às 14h, no auditório do Ministério do Meio Ambiente, em Brasília.