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Marcos do Val já chamou STF de ‘departamento jurídico’ do crime organizado

Em 2019, senador defendeu o impeachment de Gilmar Mendes; o parlamentar relatou à Veja nesta semana sobre um plano bolsonarista de golpe

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 fev 2023, 13h37 - Publicado em 2 fev 2023, 12h27
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  • O senador Marcos do Val (Podemos-ES), que relatou nesta semana à Veja que recebeu um convite de Jair Bolsonaro para participar de uma tentativa de golpe para impedir a posse de Lula na Presidência, disse em 2019 que o STF seria o “departamento jurídico” do crime organizado.

    Na época, Do Val era um ferrenho defensor do bolsonarismo e chegou a sugeriu o impeachment do ministro Gilmar Mendes do STF. “O crime no Brasil é tão organizado que o seu departamento jurídico é o STF”, publicou o senador em suas redes em outubro de 2019.

    Em entrevista recente à Veja, Do Val afirmou que foi convidado por Bolsonaro para participar de um plano para grampear Alexandre de Moraes no STF. A ideia seria utilizar falas vazadas do ministro para dar força a movimentos golpistas, gerar a prisão do magistrado e empurrar o Brasil para uma comoção política cujo objetivo seria forçar uma ruptura institucional e impedir a posse de Lula.

    À Veja, o senador disse acreditar ter sido escolhido por Bolsonaro para a missão de gravar Moraes por conta de sua relação de proximidade com o ministro.

    “Fiquei surpreso ao saber que o presidente queria falar comigo. Foi a primeira vez que nos encontramos fora de uma solenidade oficial. Muita gente sabe que tenho uma ligação com o ministro Alexandre de Moraes. Quando ele foi secretário de Segurança de São Paulo e o Geraldo Alckmin era governador, fui contratado para dar treinamento para a polícia paulista Não somos íntimos, mas temos um excelente relacionamento. Por isso — e também por dever cívico e de consciência —, relatei a ele o que estava acontecendo. Era a coisa certa a ser feita”, disse

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