Lula visita projeto de submarino nuclear no Rio de Janeiro
Parceria firmada em 2008 entre Brasil e França prevê a construção em Itaguaí de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear
O presidente Lula desembarca no Rio de Janeiro nesta quinta-feira para uma visita ao projeto ProSub, criado em 2008 por meio de uma parceria de transferência de tecnologia entre o Brasil e a França para a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear em um estaleiro em Itaguaí, na região metropolitana do Estado.
O submarino de propulsão nuclear utiliza uma tecnologia que o país ainda não domina. O modelo tem mais tempo de autonomia para rodar submerso do que os convencionais a diesel. A conclusão do submarino que se chamará “Álvaro Alberto” está prevista para 2029. Lula prometeu convidar o presidente da França, Emanuel Macron, para visitar o projeto no Rio, que é tocado pela Marinha.
O estaleiro que constrói os submarinos foi inaugurado em 2018, após atrasos provocados por suspeitas levantadas à época pela Operação Lava-Jato. Dos quatro submarinos convencionais previstos na parceria, dois já foram lançados ao mar ainda no governo de Jair Bolsonaro. O segundo submarino, chamado “Humaitá”, de propulsão diesel-elétrica, está no mar, mas em fase final de testes.
Lula descerrará a placa do submarino, após integrantes da Marinha atualizarem para o governo o status dos trabalhos. A visita será acompanhada pela embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet, e pelo ministro da Defesa, José Mucio.
Na segunda parte da agenda no estado, Lula vai participar de dois eventos ligados ao setor cultural, na capital fluminense. À tarde, ele visitará as obras de reconstrução do Museu Nacional, destruído por um incêndio em 2018. No início da noite, vai assinar um decreto que define as regras e procedimentos gerais dos mecanismos de fomento cultural, como as leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo e também a Lei Rouanet, na praça da Cinelândia, no centro da cidade. A agenda terá a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do advogado-geral da União, Jorge Messias.