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Lula viaja à Guiana para participar de cúpula da Comunidade do Caribe

Em Georgetown, o brasileiro também se reunirá com o presidente Irfaan Ali, em uma visita de Estado

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 09h58 - Publicado em 28 fev 2024, 06h01
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  • O presidente Lula embarca nesta quarta-feira rumo a Georgetown, capital da Guiana, onde participará como convidado especial do encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe, a Caricom, um organismo de integração regional composto por 15 países.

    No ano passado, o Brasil retornou à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos. Por isso, esta viagem é tida pelo Itamaraty como parte da retomada da valorização das relações do governo brasileiro com os países da região. Depois da Guiana, Lula também irá para São Vicente e Granadinas.

    Na semana passada, o diretor do Departamento de México, América Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Elio Cardoso, afirmou que a participação do presidente na cúpula da Caricom pode mostrar como as metas e preocupações dos países estão alinhadas com os temas escolhidos pelo Brasil para a presidência do G20, como segurança alimentar e a mudança climática.

    Em Georgetown, Lula também se reunirá com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, em uma visita de Estado. Após a descoberta recente de grandes jazidas de petróleo e gás, a economia guianense teve crescimento recorde, de quase 400% entre 2021 e 2023 — de 8 bilhões de dólares para mais de 40 bilhões.

    Crise com a Venezuela

    Um dos temas da reunião deverá ser a crise entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo, alvo de uma disputa entre os dois países.

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    No fim de 2023, o governo de Nicolás Maduro realizou uma consulta popular para aprovar a incorporação de Essequibo, autorizando a exploração de recursos naturais na região e nomeou um governador militar para área. Com o aumento das tensões, o Brasil reforçou a presença de tropas militares em Roraima, que faz fronteira com ambos.

    O governo brasileiro defendeu a resolução da controvérsia por meio de um diálogo mediado. Em janeiro, o chanceler Mauro Vieira recebeu representantes dos dois países para conversas em Brasília.

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