Na última sexta, Lula e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tiveram uma conversa para desarmar mais uma crise criada pelo PT no governo.
O petismo radical, a exemplo do que era o bolsonarismo radical, é hoje um foco importante de oposição aos projetos de Lula e seus ministros.
Além de tumultuar a economia, a sigla decidiu provocar os militares com uma proposta no Congresso de revisão do artigo 142 da Constituição, fetiche golpista do bolsonarismo.
Com dois meses de governo, Múcio pacificou a caserna e conseguiu tirar os militares dos holofotes do front político. Era tudo que Lula precisava para matar mais um foco do discurso bolsonarista em Brasília e resgatar a normalidade institucional — e constitucional — nas Forças Armadas.
A ação do PT, além de devolver os militares ao debate político do Congresso — sacrificando o trabalho de Lula e Múcio —, fornece uma bandeira aos bolsonaristas que hoje estão sem voz de comando no Parlamento.
Lula prometeu agir para evitar que o partido tumultue a agenda política com pautas desnecessárias como essa.