Lula conversa com premiê do Japão sobre acordo comercial com Mercosul
Segundo o Planalto, o presidente recebeu telefonema do primeiro-ministro Fumio Kishida, em que falaram sobre possível visita do líder japonês ao Brasil
O Planalto informou há pouco que o presidente Lula recebeu na manhã desta quarta um telefonema do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, no qual os dois conversaram sobre a possibilidade de um acordo comercial entre Mercosul e o país asiático. Na ligação, eles também manifestaram a intenção de que o líder japonês visite o Brasil, “oportunamente”.
Segundo a Presidência, Lula e Kishida também trataram fortalecimento da parceria estratégica e do comércio entre os dois países, da presidência brasileira do G20 e da cooperação entre os dois países nos foros multilaterais em prol da paz, da democracia e da superação da pobreza.
O brasileiro aproveitou o telefonema para expressar solidariedade ao povo japonês e em particular às vítimas dos terremotos do dia 1º de janeiro.
“[Lula] Relembrou que, no próximo ano, Brasil e Japão completam 130 anos de relações diplomáticas. Concordou que ambos os países continuem a trabalhar pelo fortalecimento da parceira estratégica e pelo aumento do comércio bilateral”, relatou a Secom, em nota.
“Os dois líderes falaram também sobre a defesa da paz e da superação dos conflitos em andamento no mundo. Concordaram sobre a importância do fortalecimento das instâncias multilaterais para que guerras como a de Gaza e a da Ucrânia não venham a se repetir”, acrescentou o comunicado.
Ainda de acordo com o Planalto, o presidente agradeceu o convite que recebeu de Kishida no ano passado para participar da cúpula do G7, em Hiroshima, e manifestou vontade de que o Japão esteja envolvido em todas as instâncias de discussão do G20 este ano, realçando a necessidade de trazer o debate sobre as mudanças climáticas e energias renováveis para o centro das discussões do grupo.
Lula disse também que o Brasil lançará no G20 uma “aliança global” contra a fome e a pobreza e que a superação das desigualdades é fundamental para a defesa da democracia. “Não é possível explicar para a humanidade por que se gasta mais recursos em guerras do que no combate à pobreza”, afirmou.