Sonhando com a possibilidade de obter o aval do STF para disputar as eleições de 2022, o ex-presidente Lula, condenado na Lava-Jato nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, acaba de se livrar de mais uma investigação sobre corrupção envolvendo empreiteiras e sua família.
Decisão do juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Federal de São Paulo, determinou nesta semana o arquivamento da investigação aberta contra o ex-presidente e seu filho, Luis Claudio Lula da Silva, a partir da delação premiada de Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar, que relataram repasses à empresa Touchdown, do filho do petista, como uma “troca de favores” que configuraria conduta criminosa.
Lula e Luis Claudio chegaram a ser indiciados pela Polícia Federal pela suposta prática dos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro, mas o MPF entendeu que não estariam configurados os crimes porque Lula, na época dos fatos, não exercia qualquer cargo público, entendimento que foi acolhido pelo juiz.
É a sétima investigação contra Lula que é encerrada sumariamente por falta de elementos ou absolvição. Lula foi condenado apenas em processos abertos perante a Lava-Jato de Curitiba, conduzidos pelo então juiz Sergio Moro.
A defesa de Lula, tocada pelo advogado Cristiano Zanin, ainda atua no STF nesses casos. A Corte ainda irá analisar a suspeição de Moro e poderá anular essas condenações.