O Itamaraty informou há pouco que as brasileiras Jeanne Cristina Paolini Pinho e Katyna Baía, presas no início de março com quilos de cocaína na Alemanha, foram soltas nesta terça. Elas passaram por audiência de custódia na semana passada, mas as autoridades alemãs ainda queriam ter acesso aos indícios de que a dupla foi vítima de um golpe.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou as provas à Justiça alemã. Além de os bilhetes de embarque das brasileiras indicarem malas mais leves, há imagens do sistema de segurança do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, que mostram a troca da etiqueta das bagagens.
“Ao longo do último mês, o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt realizou visitas consulares, em diferentes ocasiões, às nacionais no presídio, além de ter conduzido gestões junto às autoridades carcerárias e judiciárias locais para acompanhar o trâmite legal”, disse o Ministério das Relações Exteriores, em nota.
“Intermediou, ainda, contatos com familiares e advogados das brasileiras. Representante daquela repartição consular recebeu hoje, no aeroporto de Frankfurt, familiares das brasileiras e os acompanhou ao presídio para o momento da soltura”, acrescentou.
Jeanne e Kátyna são casadas e viajariam para turismo por 20 dias na Europa. Elas saíram de Goiânia e fizeram uma escala em São Paulo, onde os tíquetes das malas foram trocados por um carregamento de cerca de 40 quilos de cocaína. O casal foi algemado quando desembarcou em Frankfurt, na Alemanha.
Na semana passada, elas passaram por audiência de custódia na Alemanha. Autoridades alemãs alegaram, na ocasião, fortes indícios de que a dupla era inocente, mas solicitaram o envio das provas ao governo brasileiro. Imagens, inconsistências nos bilhetes de embarque e depoimentos foram encaminhados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.