Depois de o jornal Folha de S.Paulo publicar um artigo bizarro sobre um inexistente racismo reverso, 186 jornalistas que integram o diário assinaram uma carta de protesto nesta quarta em que pedem providências à direção do veículo.
“Reconhecemos o pluralismo que está na base dos princípios editoriais da Folha e a defesa que nela se faz da liberdade de expressão. No entanto estes não se dissociam de outros valores que o jornalismo deve defender, como a verdade e o respeito à dignidade humana. A Folha não costuma publicar conteúdos que relativizam o Holocausto, nem dá voz a apologistas da ditadura, terraplanistas e representantes do movimento antivacina. Por que, então, a prática seria outra quando o tema é o racismo no Brasil”, registram os jornalistas na carta endereçada aos membros da Secretaria de Redação e do Conselho Editorial da Folha.
“Convidamos a uma reflexão e uma reavaliação sobre a forma como o racismo tem sido abordado na Folha. Acreditamos que buscar audiência às expensas da população negra seja incompatível com estar a serviço da democracia”, seguem os jornalistas.
A íntegra: Carta aberta de jornalistas da Folha