Na ocasião, Bernardi relacionou o crescimento econômico da Alemanha com o Holocausto e disse que o Brasil enriqueceria “se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico deles”.
O anúncio da demissão foi feito pelo gabinete do deputado Campos Machado (PTB), onde Bernardi era jornalista comissionado — com salário bruto aproximado de 12 000 reais.
“Em face da gravidade da opinião declarada por meu assessor, e tendo em vista os excelentes laços de amizade e respeito que tenho com a comunidade judaica, não poderia deixar de manifestar meu repúdio ao comentário (…) Não poderia continuar contando com os serviços profissionais do autor desse absurdo pronunciamento. Portanto, hoje mesmo, em comum acordo com o profissional José Carlos Bernardi, decidimos que não havia mais condições dele permanecer em meu gabinete, me restando determinar, hoje mesmo, as devidas providências para a sua imediata exoneração do cargo que ocupava”, diz comunicado de Campos Machado.
Na terça-feira, após o episódio, a Jovem Pan divulgou pedido de desculpas de José Carlos Bernardi.
“Peço desculpas pelo comentário infeliz que fiz hoje no jornal da manhã, ao usar um triste fato histórico para comparar as economias brasileira e alemã. Fui mal-entendido. Não foi minha intenção ofender a ninguém, a nenhuma comunidade, é só ver o contexto do raciocínio. Mas, de qualquer forma, não quero que sobrem dúvidas sobre o meu respeito ao povo judeu e que, reitero, tudo não passa de um mal-entendido”, disse o jornalista.
A Jovem Pan afirmou que “as visões de seus comentaristas não refletem, necessariamente, a opinião da empresa”.