Por meio da embaixada brasileira em Montevidéu, o Itamaraty e o Ministério do Esporte abriram um canal de diálogo com o governo do Uruguai para garantir a segurança de torcedores do Botafogo que estão na capital do país vizinho para o segundo jogo da semifinal da Libertadores contra o Peñarol, nesta quarta-feira.
Torcedores uruguaios alimentam um clima de hostilidade em relação aos brasileiros depois da reação da Polícia Militar do Rio de Janeiro a atos de violência na orla carioca na semana passada, com motos e um ônibus incendiados e quiosques de praia atacados. Ainda há cerca de 20 uruguaios presos preventivamente no Rio.
“A proteção e o bem-estar dos nossos cidadãos são prioridade máxima para o Governo Federal e para os Ministérios das Relações Exteriores e do Esporte. O governo brasileiro permanecerá atento a qualquer nova informação”, dizem os ministérios das Relações Exteriores e do Esporte em nota conjunta.
O ambiente hostil aos brasileiros em Montevidéu levou o ministro do Interior do Uruguai, Nicolás Martinelli, a anunciar, na terça, que proibiria a presença de botafoguenses na partida de volta da semifinal da Libertadores, classificada por ele como de “alto risco”.
A Conmebol determinou que o Peñarol e a federação uruguaia de futebol agissem para garantir a segurança e a presença de torcida visitante no Estádio Campeón del Siglo. O Ministério do Interior reiterou a posição anterior, o que levou a entidade máxima do futebol sul-americano a comunicar aos clubes que só restavam as opções de realizar o jogo com portões fechados ou em outro estádio.
Agora, a imprensa esportiva brasileira noticia que a Conmebol já teria comunicado ao Peñarol que a partida será realizada no estádio Centenário, também em Montevidéu, com presença dos botafoguenses. Ainda não houve anúncio oficial.