Investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por manipulação de jogos, William Rogatto fez graves acusações a federações de futebol, clubes de todas as divisões e árbitros credenciados pela CBF.
“Já trabalhei e já operei nos 26 estados e no Distrito Federal. Inclusive, agora, foi na última, no Distrito Federal, que, realmente, foi onde eu bati de frente. O presidente da federação do DF foi o cara que mais me apoiou em tudo que eu fiz”, declarou Rogatto, que está em Portugal e falou por videoconferência.
Réu confesso por aliciamento de jogadores, dirigentes e árbitros e manipulação de resultados para faturar com apostas on-line, Rogatto disse que começou a operar na ilegalidade se aproveitando das condições precárias de clubes e atletas de divisões inferiores.
Hoje, alega já ter cometido os crimes em jogos da elite do futebol brasileiro. “(Fazer delação premiada) não me garante que presidentes de alguns clubes que já passaram a gestão para mim porque não tinham condições (não vão fazer nada comigo). E eu entrei com o dinheiro nesses clubes de Série A, de Série B, investindo, e fiz o trabalho, e eles sabiam de tudo”, declarou.
Rogatto disse ainda que o acionista majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, “não está totalmente errado”. E acrescentou: “As pessoas que trabalharam pra mim também trabalharam contra ele nesse campeonato (de 2023).”