Crise no STF pode tirar apoio de colegas à eleição de Fux
Vice-presidente da Corte, ministro envolveu-se em uma crise com Dias Toffoli, atual comandante do tribunal; Eleição em setembro pode não ser amigável
Uma crise com alto poder de combustão toma conta do Supremo Tribunal Federal nestes dias que antecedem a volta dos ministros ao trabalho.
Depois de derrubar uma decisão de Dias Toffoli no recesso, Luiz Fux virou alvo de uma ala de ministros nos bastidores do tribunal.
Nesse meio, fala-se em resgatar supostos fatos desabonadores de Fux e de um ex-assessor para tentar inviabilizar a eleição dele a presidente do STF.
Se o movimento vingar, diz um ministro, a votação em setembro poderá quebrar a tradição da escolha amigável do vice-presidente e eleger outro nome no lugar de Fux. “Pode ser que até lá tenhamos maioria para isso. Certamente vai ter muita gente votando contra ele”, diz um ministro ao Radar, sob a condição de anonimato.
A suposta subserviência de Fux ao Ministério Público e à Lava-Jato, por causa do seu suposto “telhado de vidro”, é o argumento capital para que os colegas se recusem a entregar a ele o controle do tribunal.