O Instituto Marielle Franco entregará um relatório a ONU um relatório com os desafios para a igualdade e a justiça racial no Brasil.
A entidade criada após o assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018 no Rio e comandada por sua irmã, Anielle Franco, faz parte do grupo de organizações que estão presentes na primeira visita do Mecanismo de Igualdade e Justiça Racial da ONU na América Latina.
O encontro ocorre nesta quinta e sexta em Santiago, no Chile. O mecanismo foi criado após o assassinato de George Floyd, em 2020, nos EUA, e a reboque da reação do movimento negro organizado contra mais um caso de violência policial contra pessoas não brancas.
A advogada do Instituto Marielle Franco, Brisa Lima, defende no relatório entregue a ONU a tomada de ações junto ao judiciário e às polícias em favor das vítimas do racismo estrutural, que existe no Brasil e em outros países da América Latina.
“Até hoje, estamos há quase cinco anos sem respostas sobre quem mandou matar Marielle e o porquê. É necessário que o Estado brasileiro garanta a higidez das investigações e traga respostas para familiares e toda a sociedade brasileira, uma vez que este é um crime que se configura como um atentado à nossa democracia. Esses são alguns pontos que serão abordados no relatório que será entregue a fim de avançarmos na construção de reparação e justiça racial para nosso povo”, disse.