Sabatinado e aprovado pela CCJ do Senado no último dia 11 de julho, o escolhido do presidente Lula para comandar a Defensoria Pública da União espera há dois meses a votação da sua indicação no plenário da Casa — que estava inicialmente marcada para o começo de agosto, mas acabou sendo adiada por receio de que o nome de Igor Roque fosse rejeitado. Agora, a previsão é que a análise ocorra na semana que vem.
Isso porque há em curso um movimento entre senadores de oposição, classificado como uma “campanha difamatória” pelo atual chefe em exercício da DPU há três semanas, para reprovar o indicado do Planalto, que precisa de pelo menos 41 votos para se tornar o novo defensor público-geral federal.
Para tentar ser aprovado, Roque tem conversado com os parlamentares e assumiu alguns compromissos sobre temas que estariam causando resistência ao seu nome:
- Aborto: o indicado de Lula afirma que é cristão, contra o aborto e defende que a competência de tratar sobre o tema é do Congresso Nacional.
- Drogas: o defensor público diz ver com muito receio a legalização, pois não consegue dimensionar a repercussão social e considera que a legitimidade para atuar na pauta é do Legislativo.
- 8 de janeiro: ele declara ainda que a DPU vai seguir atuando, conforme lhe foi atribuído legalmente, uma vez que a defesa criminal é aspecto essencial do estado democrático de direito.