Guedes admite ‘frustração’ com agenda perdida de reformas
'Evidente que há uma frustração nossa porque sentimos que poderíamos ter feito muito mais pelo Brasil', disse o ministro da Economia
Depois de VEJA listar na capa da edição desta semana os principais pontos da “agenda perdida de reformas” do governo de Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu falar sobre o assunto. Numa entrevista ao Estadão, reconheceu a frustração dele com o fato de o governo não ter conseguido pavimentar a aprovação de reformas estruturantes no Congresso durante o governo.
“Nesses três anos, nós enfrentamos a a maior crise sanitária que a humanidade já sofreu. Dois anos praticamente foram gastos em medidas emergenciais de combate à pandemia. Preservamos 11 milhões de empregos, protegemos 68 milhões de vulneráveis. Vendemos subsidiárias estatais, fizemos o Banco Central independente, a reforma da Previdência, o marco regulatório de saneamento, gás natural, petróleo, cabotagem, ferrovias, setor elétrico, concessões que estão trazendo investimentos privados para o Brasil. Eu acho que estamos avançando, considerando que a pandemia atrasou o Brasil. Dito isso, evidente que há uma frustração nossa porque sentimos que poderíamos ter feito muito mais pelo Brasil”, diz Guedes.