O governo Lula prepara uma ação interministerial para frear o aumento do déficit comercial da Saúde, que cresceu 80% em 10 anos. Em 2013, era de 11 bilhões de dólares. Hoje, ultrapassa os 20 bilhões de dólares. O anúncio das medidas, previsto para os próximos dias, visa reduzir a dependência de insumos, medicamentos e vacinas estrangeiros, apostando as fichas no complexo industrial da saúde do Brasil.
A Saúde representa 10% do PIB nacional e gera 9 milhões de empregos diretos. A ministra Nísia Trindade apresentará a Lula uma estratégia organizada em seis eixos, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado por Geraldo Alckmin.
Câncer, dengue, emergências sanitárias, doenças negligenciadas e traumas ortopédicos são alguns dos principais males que a ministra pretende enfrentar com mais investimento e pesquisa. Os últimos ajustes estão em negociação com o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, que prevê recursos do Novo PAC para a iniciativa.