O Ministério da Saúde abriu uma consulta pública visando aprimorar a “Rede de Frio” no Brasil, estruturas que garantem a conservação de vacinas e medicamentos em temperaturas específicas para preservar sua eficácia.
Até o próximo dia 30, data final da pesquisa, setores especializados e a sociedade em geral poderão contribuir trazendo ideias sobre a finalidade, objetivos, composição, diretrizes gerais, indicadores e atribuições dos componentes da Rede de Frio.
A consulta foi posta em prática porque no dia 20 de setembro, durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, realizada em Recife (PE), o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, disse que o Brasil ainda utiliza cerca de 17 mil geladeiras domésticas para armazenar vacinas.
Segundo o diretor, o Ministério da Saúde fez um levantamento da situação da rede de frio em todo o país, quando foi constatada, portanto, a “necessidade de grande investimento”, dando origem à ideia da consulta.
Farmacêutica e diretora técnica e estratégica do Grupo Polar, que atua em pesquisa e desenvolvimento de soluções para a Cadeia de Frio, Liana Montemor destacou que o cerne da questão não está apenas no uso de geladeira caseira ou de uma câmara fria, mas sim na qualificação térmica do equipamento utilizado.
“Sejam geladeiras domésticas, sejam câmaras, todas devem ser submetidas a testes e certificações que comprovem sua capacidade de manter a integridade das vacinas”, disse Liana.