#GOVERNO#Desconvidado pelo jornal
O que se segue é uma história exemplar do modo de agir de Celso Amorim. Anteontem, por volta das 15 horas, o chanceler ligou para o senador Cristovam Buarque. Queria falar sobre a disputa pela cadeira de diretor-geral da Unesco, que acontecerá em 2009 e para a qual o Brasil quer indicar um nome. Meses […]
O que se segue é uma história exemplar do modo de agir de Celso Amorim. Anteontem, por volta das 15 horas, o chanceler ligou para o senador Cristovam Buarque. Queria falar sobre a disputa pela cadeira de diretor-geral da Unesco, que acontecerá em 2009 e para a qual o Brasil quer indicar um nome. Meses atrás, Cristovam e Lula já haviam conversado sobre o assunto e o presidente estimulou-o a e articular apoios – e Cristovam foi à luta.
No telefonema, o diplomata disse que o governo tinha interesse na Unesco, mas que só nos próximos meses definiria o nome do candidato que apoiaria. Beleza.
Mas ontem, depois de ler o artigo de Eliane Cantanhêde, na Folha de S. Paulo, em que a jornalista revelava que o Itamaraty estava “despachando para todas as suas embaixadas uma circular informando que” o pesquisador Marcio Barbosa é o candidato do Brasil ao posto, Cristovam desabafou com um interlocutor:
– Em 2005, fui demitido do ministério da Educação pelo telefone. Agora, sou desconvidado pelo jornal.