A pouco mais de quatro meses das eleições, o governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) tem começado a dar o tom da sua campanha ao Palácio dos Bandeirantes.
Com discurso focado em desenvolvimento e geração de empregos, o sucessor de João Doria decidiu “entrar na briga” pela manutenção da Toyota em São Bernardo do Campo. No início de abril, a montadora anunciou o fechamento da planta no ABC Paulista, que emprega diretamente 550 trabalhadores.
Na noite da última quinta, Garcia esteve com o prefeito Orlando Morando (PSDB) e com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Moisés Selerges — e prometeu convocar uma reunião com a cúpula da montadora a fim de reverter o encerramento das atividades na fábrica.
“Ficamos muito satisfeitos em contar com uma força importante como a do governador na luta para que a Toyota mantenha suas atividades e, por consequência, os empregos em São Bernardo”, diz Morando.
O anúncio do fechamento da Toyota pegou de surpresa tanto a prefeitura quanto os trabalhadores. Até recentemente, a fábrica comemorava os bons resultados e discutia até a possibilidade de começar a produção de um veículo elétrico.
A unidade não fabrica veículos há mais de vinte anos, produzindo apenas peças, inclusive para abastecer a fábrica da Argentina.