“Foodservice” tem alta, mas inflação freia desempenho do setor
Em termos regionais, destaque foi para o Nordeste, que liderou o aumento nominal com 15,2%, seguido pelo Norte (+14,4%) e o Sul (+10,2%)
Divulgado nesta terça-feira, o levantamento mais recente do Instituto Foodservice Brasil (IFB) apontou um crescimento do setor de “Foodservice” (alimentação fora do lar) para outubro de 2024. A pesquisa indicou que, descontada a inflação, o segmento apresentou um crescimento de 7,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Quando considerado o período acumulado, ou seja, de janeiro a outubro deste ano, houve alta de 11,2%. No entanto, se for levado em conta o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), indicador inflacionário, o crescimento real no ano foi de apenas 6,2%.
Sem considerar o IPCA, em termos regionais, o destaque foi para o Nordeste, que liderou o aumento nominal com 15,2%, seguido pelo Norte com 14,4% e o Sul com 10,2%. O Sudeste e o Centro-Oeste apresentaram resultados mais modestos, com 6,6% e 7,2%, respectivamente.
A participação dos canais de delivery nas vendas totais manteve estabilidade, oscilando ao redor de 21% ao longo de 2024. O pico foi registrado em março, com 22,8%, indicando a demanda consolidada por serviços de entrega, mas sem crescimento expressivo.
Presidente do IFB, Danielle Garry explicou que os resultados mostram como o setor tem tentado se ajustar ao cenário de pressão.
“Os resultados refletem a resiliência do setor, mesmo em um cenário desafiador de desaceleração econômica e pressão inflacionária”, afirmou.