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A saída de venezuelanos de seu país para o Brasil pela fronteira na divisa de Santa Elena de Uairén com Pacaraima, em Roraima, acelerou na semana das eleições em que Nicolás Maduro foi proclamado vencedor sob contestações da oposição e de vários países das Américas.
De acordo com números colhidos pela prefeitura de Pacaraima junto à Polícia Federal (PF) e à Operação Acolhida, a média de entradas diárias de 14 a 18 de julho foi de 406 venezuelanos, e o número subiu para 507 por dia no período de 19 a 23 de julho, um aumento de 25%.
O total de entradas registradas pela Operação Acolhida em junho inteiro foi de 8.846. Só até 24 de julho, faltando uma semana para o fim do mês, foram 8.841, segundo os dados da prefeitura da cidade fronteiriça.
Na última sexta-feira à noite, o governo de Nicolás Maduro fechou o lado venezuelano da fronteira com o Brasil. Voltou a abri-la nesta segunda-feira, às 12h.
“Com essa falta de perspectiva e sem esperança de que o país melhore, as pessoas continuam saindo”, afirmou o senador Dr. Hiran (PP-RR). “Na sexta-feira, entraram mais ou menos umas 800 pessoas em Roraima pela Operação Acolhida”, acrescentou.
Na avaliação do parlamentar, a tendência é o fluxo de venezuelanos para o Brasil continuar aumentando. “A perspectiva de o país voltar à normalidade democrática e de melhoria da condição de vida das pessoas cai por terra com esse resultado ruim para o povo venezuelano e para nós, vítimas desse êxodo humano desde 2016.”
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