Exército nega ao TCU acesso da CPMI do 8 de Janeiro a dados de CACs
Instituição alega que base de dados é sigilosa; Eliziane Gama queria cruzar registros de armas com presos no ataque aos Três Poderes
A CPMI queria cruzar os registros de CACs com os presos pelo 8 de Janeiro e saber o tamanho e o perigo da milícia armada para o golpe. Mas, em parecer ao TCU, o Comando do Exército se negou a compartilhar a base de dados com a senadora Eliziane Gama.
“Esta Força é de parecer desfavorável ao acesso às bases de dados compartilhados com o TCU”, escreveu o general Francisco Humberto Montenegro Junior, chefe de gabinete do general Tomás Paiva.
A relatora da CPMI havia pedido ao TCU o compartilhamento de dados de autorização de compra de armas de fogo e munições, emissões de certificados de registro e acervos de pessoas físicas e jurídicas.
“Sucede que se tratam de dados protegidos pelo manto do sigilo, o que levou o Comando do Exército a classificar sua base de dados como sigilosa”, afirmou Montenegro.
Ele recomendou que Eliziane Gama refizesse o pedido, desta vez diretamente ao Comando do Exército, “para análise e providências julgadas adequadas”.