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As mensagens encontradas pela Polícia Federal no celular de Gabriela Cid mostram que a mulher do então auxiliar presidencial, Mauro Cid, articulou intensamente, dias após a derrota de Jair Bolsonaro para Lula, a convocação de golpistas a Brasília para, em suas palavras, “mudar o Brasil”.
No dia 4 de novembro, cinco dias após a vitória de Lula, uma amiga de Gabriela escreve: “E agora, será que o Exército vai poder fazer alguma coisa??? Não é possível que isso vai ficar por isso mesmo”.
Gabriela responde: “Estou esperando que sim!”
Gabriela então envia mensagens a diversos contatos em diferentes regiões do país convocando bolsonaristas para viajarem a Brasília ou protestarem na frente dos quartéis.
“Temos que mudar o Brasil e as Forças Armadas estão ao nosso lado. Quem não puder vir para Brasília, tem que ir para a frente dos quartéis”, disse Gabriela numa mensagem.
Um dos contatos de Gabriela responde: “Vou mandar no grupo das manifestações aqui do Rio”.
“Manda porque estamos reagindo. Revoltante!”, diz Gabriela. “Chama as pessoas para Brasília. Convoca. Tem que ter muita gente em Brasília. Não estamos mais em tempo de brincadeira”, seguiu a mulher de Cid.
Ela ainda reforçou: “Muita gente! Junte-se a nós nessa guerra. Chame as pessoas para ocuparem seus espaços nessa mudança. Agora, mais do que nunca, é chegada a hora da pressão popular nas ruas”.
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