Escolas de samba do Rio aguardam verba prometida por Eduardo Paes
Subvenção da prefeitura para os desfiles foi cortada na gestão de Marcelo Crivella; festa de 2021 não ocorreu por causa da pandemia
O surgimento da variante Ômicron do novo coronavírus colocou em xeque a retomada das festas populares em todo o país. Diversos gestores públicos já disseram que irão avaliar as condições sanitárias antes de bater o martelo pela realização ou não de eventos de grande porte nas cidades. Com o Carnaval do Rio não é diferente. As escolas estão tocando os trabalhos na esperança de que, quando chegar a hora, a festa será mantida.
Será o primeiro Carnaval desta nova gestão de Eduardo Paes a frente da prefeitura do Rio. Neste ano, a festa teve que ser cancelada por causa da pandemia. No ano anterior, em 2020, último ano da gestão de Marcelo Crivella, as escolas ficaram sem os recursos que a prefeitura tradicionalmente destinava às agremiações para a produção dos desfiles.
De acordo com Jorge Perlingeiro, presidente da Liesa, a liga das escolas de samba do Rio, Paes prometeu aos manda-chuvas das agremiações que o Carnaval de 2022 teria o apoio financeiro da prefeitura. Ainda não se sabe de quanto será esse investimento. Procurado, o município não confirmou ainda o pagamento, esperado pelas escolas para este ano ainda.
Atualmente, o trabalho nos barracões é tocado com recursos do contrato de transmissão com a Rede Globo e da receita da venda de ingressos e espaços de camarotes e frisas no Sambódromo. Além disso, as escolas organizam ensaios abertos e feijoadas para engordar seus caixas.
“O prefeito prometeu pra gente que a prefeitura voltará a nos ajudar com o Carnaval. Estamos na esperança de que esses recursos cheguem em quinze dias no máximo”, disse Perlingeiro ao Radar.