Diretora do Instituto Identidades do Brasil, órgão atuante na causa da igualdade racial no Brasil, Luana Génot saudou a iniciativa da Magazine Luiza que lançou um programa de trainee apenas para pessoas negras — e disse que medidas de promoção à igualdade têm pleno amparo legal para que não sejam, justamente, apontadas como “racismo reverso”.
“É fundamental que não só as empresas saiam em apoio ao Magalu mas que aproveitem desse momento para também refletirem e se planejaram para fazerem o mesmo, entendendo que a ação da varejista é completamente embasada pela Lei 12.288 que prevê, em consonância com a convenção 111 da OIT, que medidas especiais de proteção não são consideradas discriminação”, aponta Luana, responsável pelo desenvolvimento e criação do Prêmio Sim à Igualdade Racial.
Na avaliação da escritora, é preciso que as empresas saibam que são respaldadas pela lei no que classifica como possibilidade que têm de acelerarem o processo de igualdade racial, tendo sempre em mente a proporcionalidade de negros no Brasil.
˜Quando elas não fazem esse processo, vão contra essa proporcionalidade, visto o resultado que tem-se tido anualmente nos processos seletivos de trainee que em sua maioria são compostos por profissionais brancos˜, explica.