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Em reunião com embaixadores, Bolsonaro ataca Barroso, Fachin e Moraes

Presidente voltou a colocar em dúvida processo eleitoral brasileiro e a segurança das urnas eletrônicas

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jul 2022, 12h10 - Publicado em 18 jul 2022, 17h24
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  • Jair Bolsonaro compilou todas as acusações que vem feito contra o processo eleitoral brasileiro nos últimos anos e fez uma apresentação de pouco mais de 45 minutos para embaixadores de diversos países nesta segunda-feira, 18, no Palácio da Alvorada, em Brasília.

    Ele voltou a colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas e disse que os votos não são passíveis de serem auditados no país. Ele voltou ainda a atacar os ministros do STF Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

    Bolsonaro baseou sua apresentação em um inquérito da PF sobre um ataque hacker ao sistema do TSE em 2018. Foi o mesmo inquérito que o presidente vazou informações em uma transmissão ao vivo no ano passado. Bolsonaro sustenta que o conteúdo da investigação não era sigiloso.

    “Quando se fala em eleições, vem a nossa cabeça a palavra transparência. E o senhor Barroso e o senhor Fachin começaram a andar pelo mundo me criticando como se eu estivesse preparando um golpe por ocasião das eleições. É exatamente o contrário o que está acontecendo. O Barroso faz uma palestra nos Estados Unidos chamada ‘como se livrar de um presidente'”, disse Bolsonaro.

    O presidente criticou Barroso por dar declarações públicas sobre seu governo e disse que nunca atuou para censurar a mídia ou outros poderes da República. “Lamentável a ação do ministro Barroso pelo mundo. Isso atrapalha o Brasil. Vocês nunca ouviram uma só palavra minha de censurar a mídia, de derrubar a página de alguém que me critique, de prender deputado. Eu nunca mandei prender deputado. Quem prendeu foi outro colega deles, Alexandre de Moraes”, disse Bolsonaro referindo-se à prisão de Daniel Silveira.

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    Pouco antes, Bolsonaro atacou Barroso por sua atuação no caso Cesare Battisti, quando o jurista atuava como advogado de defesa do italiano e ainda não integrava o Supremo. “Graças a isso, certamente, ele ganhou a confiança do Partido dos Trabalhadores e depois foi indicado a uma vaga ao STF”, disse.

    O presidente citou como indícios de irregularidades vídeos que surgiram durante as eleições de 2018 com eleitores tendo algum problema ou dificuldade na hora de registrarem seus votos na urna eletrônica. Ele defendeu ainda a participação das Forças Armadas na fiscalização do pleito.

    “Temos quase 100 vídeos de pessoas reclamando de que foram votar em mim e voto foi pra outra pessoa. Nós queremos é corrigir falhas, transparência, democracia de verdade. Eu estou sendo acusado o tempo todo por Barroso, Fachin, Alexandre de Moraes como uma pessoa que quer dar o golpe. Estou questionando antes porque temos tempo ainda de resolver esse problema com a própria participação das Forças Armadas que foram convidadas pelo Tribunal Superior Eleitoral”, disse.  

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