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Elon Musk merece mesmo toda essa atenção da República?

Barulho criado em torno das bravatas do bilionário só contribui para tumultuar investigações e tirar o foco de temas prioritários no país

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 12h31 - Publicado em 9 abr 2024, 14h01

Provavelmente entediado no fim de semana, Elon Musk decidiu postar umas bravatas contra o ministro Alexandre de Moraes no antigo Twitter, a rede social que o bilionário comprou para se divertir.

Na sua versão mais grave, as postagens do empresário sugeriram que a rede social iria descumprir ordens do STF. Como nada de concreto ocorreu, o tema deveria ter passado distante das prioridades nacionais, mas não foi o que aconteceu.

Em pleno domingo, o relator das investigações sobre milícias digitais elaborou um despacho para investigar Musk por suas bravatas. Já estamos na terça-feira, 9, e os cinco minutos gastos por Musk para postar nas redes seguem mobilizando as principais figuras da República. Que tristeza.

Há algo de muito errado quando um empresário decide lacrar numa rede social e isso acaba mobilizando o presidente da República, a primeira-dama, ministros do governo, o presidente do Congresso, o chefe do STF, ministros da Corte, além de senadores e deputados.

Há meses o país ignora o debate urgente da regulamentação das redes sociais, convertidas em terra sem lei para quem compartilha discurso de ódio e desinformação. Até hoje, ninguém no Congresso ou no governo decidiu se mobilizar verdadeiramente para enfrentar a questão.

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O barulho bolsonarista criado em torno da postagem de Musk deveria terminar como começou, em barulho. Não deveria influenciar decisões do ministro Moraes, sem que um crime concretamente tivesse ocorrido. Ameaçar descumprir uma decisão não é crime. Se fosse, Bolsonaro já estaria preso há tempos. No governo dele, foram várias as vezes em que isso ficou evidente na fala do então presidente.

Enquanto o país gasta energia com o que pensa Musk sobre Moraes e o que Moraes faz quando é criticado por Musk, o governo prepara o terreno para fragilizar o marco fiscal e ampliar gastos públicos para socorrer o impopular presidente da República. O Congresso, que deveria tratar a economia como prioridade, segue parado nas disputas políticas pela sucessão de Arthur Lira e de Rodrigo Pacheco.

Já estamos em abril, e nada avança no Parlamento, o governo tem ministérios patinando em projetos velhos e só quem ganha é o bolsonarismo, que amplia a visibilidade de seus argumentos na missão de desqualificar as investigações do STF.

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