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“Disponibilidade de Lula pode não ser a mesma”, admite líder do governo

"Quando estamos nas reuniões, é ele quem sugere. O pique é absolutamente o mesmo, a disponibilidade pode não ser a mesma", diz Jaques Wagner

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2024, 08h23 - Publicado em 5 jun 2024, 08h23

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner admitiu nesta semana o que muitos aliados de Lula só falam em conversas reservadas. O petista, em seu terceiro mandato, não é mais o mesmo.

Na entrevista para as repórteres Camila Turtelli e Jeniffer Gularte, no Globo, o senador baiano foi questionado sobre a entrada de Lula na articulação política com o Congresso e se o petista teria disposição para fazer o que até agora, um ano e meio de mandato depois, não fez: conversar mais com o varejo do Parlamento.

Wagner até tentou dizer que Lula segue o mesmo, que continua disposto e atuante, mas nem ele, um aliado histórico do petista, conseguiu negar a realidade: “Evidentemente, você teve um presidente Lula e agora tem outro”.

O senador tentou explicar sua fala. Segundo ele, “quando estamos nas reuniões” de governo, é Lula que sugere ações — ainda bem que o presidente ainda consegue presidir. O forte na frase é justamente essa constatação: “quando está”. Lula quase nunca “está” e o próprio Wagner reconhece. “O pique é absolutamente o mesmo, a disponibilidade pode não ser a mesma”.

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Seja pelo rigoroso controle imposto pela primeira-dama Janja a quem tem acesso a Lula, seja pela agenda presidencial cada vez mais curta — às vezes terminando pouco depois das quatro da tarde — ou pelas incontáveis viagens internacionais, Lula não está mais presente no trabalho pesado da política do governo.

No ano passado, o petista passou 62 dias fora do país em viagens que consumiram mais de 65 milhões de reais. Neste ano, ele ainda deve viajar a oito países, começando por Suíça e Itália, na semana do Dia dos Namorados.

O Radar já mostrou que governadores e aliados antigos de Lula notaram sua falta de paciência nas conversas e sua pouca disposição para ouvir o contraditório. O presidente se mostra distante e até preocupa auxiliares por confusões e frases imprudentes. Outro dia, assumiu publicamente num palanque que se considera um “herói nacional”. Numa reunião com empresários, celebrou desastres aéreos da Boeing que mataram 346 pessoas. “Ainda bem que a Boeing teve um desastre e não quis a Embraer”, diz Lula

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Para todos os efeitos, no entanto, Wagner assegura: “Lula continua sendo uma voz de ponderação e está com a mesma vontade de fazer”.

 

 

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