Deputado e ex-governador do Amapá, Camilo Capiberibe, do PSB, entrou com uma representação na Procuradoria Geral da República na qual responsabiliza o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, pelo apagão no estado e pede que ele seja afastado do cargo.
Mesmo com as investigações em curso, Capiberibe, que governou o estado entre 2011 e 2015, enxerga responsabilidade do ministro, que tem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro no episódio.
Ao Ministério Público, o deputado pede a apuração de possível crime de responsabilidade do ministro e sua inabilitação para exercer cargo público.
Reportagem do “Valor Econômico” revelou que há dois anos Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Operador Nacional do Sistema (ONS) e o o ministério sabiam do risco de apagão, e que medidas não foram adotadas.
“É de se esperar que um apagão de tamanha proporção como o que ocorreu no estado do Amapá seja mais resultado de uma combinação de fatores do que de um incidente isolado. As investigações sobre as causas do episódio que danificou os únicos 2 transformadores que proviam o estado de energia elétrica, mesmo que longe de serem concluídas, já trazem alguns fatos à tona, reveladores da negligência e da omissão histórica dos órgãos públicos com a população amapaense.”, diz o parlamentar no pedido à PGR..
Camilo é filho de João Capiberibe, que já foi prefeito de Macapá, duas vezes governador do estado e senador. Hoje, disputa a prefeitura da capital.
Sua mãe, Janete Capiberibe, já foi vereadora, deputada estadual e federal.