Depois do PSD de Antonio Brito, o União Brasil de Elmar Nascimento também retirou nesta quarta-feira a candidatura ao comando da Câmara e declarou apoio a Hugo Motta, do Republicanos – a esta altura, já chamado por todos de “futuro presidente” da Casa.
“A gente precisa demonstrar, cada vez mais, a autonomia da nossa Casa diante dos outros Poderes, primando pela harmonia, mas sem abaixar a cabeça”, disse Elmar em pronunciamento ao lado de Motta e do presidente do União Brasil, Antonio de Rueda.
“Às vezes, os outros dois Poderes procuram até se unir contra uma autonomia que é salutar para o povo brasileiro. Se a gente está tendo capacidade de votar matérias sem olhar se é governo ou oposição, é pela independência que as emendas parlamentares nos deram”, acrescentou.
Enquanto o Palácio do Planalto entra em sua terceira semana de indefinição sobre o pacote de corte de gastos, o líder do União Brasil criticou o “aumento indiscriminado” de despesas sob o governo Lula e disse que não seriam as emendas – segundo ele, correspondentes a menos de 0,05% do Orçamento da União – que afetariam o déficit fiscal.
Elmar disse a Motta que ele passará a contar com o apoio “irrestrito” de todos os deputados do União Brasil. “A única coisa que a bancada vai lhe pedir é a oportunidade de cada um, no estado e no tema que representa, poder desenvolver da melhor forma possível o seu mandato”, afirmou.
“Estabelecemos um processo legítimo de negociação para que nossas ideias sejam acolhidas pelo futuro presidente da Casa, deputado Hugo Motta, e que o partido seja respeitado em função do seu tamanho, com relação à proporcionalidade, aos cargos na Mesa e à manutenção de espaços que a gente tem. Seremos uma das legendas mais bem agraciadas pelo mandato do futuro presidente”, acrescentou.