Defesa pede a Zanin soltura de suposto operador de esquema no Judiciário
Marcelo Tigre, advogado de Diego Cavalcante, afirma ter provado que acusação que sustentou prisão preventiva é de um ‘crime impossível’

O advogado Marcelo Tigre, que defende o empresário Diego Cavalcante no inquérito sobre corrupção envolvendo venda de decisões no Judiciário, pediu ao ministro Cristiano Zanin, do STF, a revogação da prisão preventiva de seu cliente. A Procuradoria-Geral da República (PGR) está analisando o pedido.
Cavalcante é tido pela Polícia Federal como um suposto operador do esquema descoberto a partir dos negócios do lobista Andreson Gonçalves. Ele foi preso sob o argumento de obstrução de justiça depois de a PF apontar que ele teria sumido com seu próprio celular antes de ser alvo de busca e apreensão.
Para justificar o pedido de soltura e tentar afastar o fundamento acolhido por Zanin para a prisão preventiva, o advogado de Cavalcante juntou no processo comprovante emitido pela Apple de que um iPhone do empresário havia sido levado a uma assistência técnica autorizada em Brasília em 10 de maio, dias antes da operação da PF em sua casa.
“A defesa espera que a prisão seja imediatamente revogada ante a ocorrência, na hipótese de obstrução de justiça, de um crime impossível”, declarou Tigre ao Radar. “Isso é comprovado por documento fidedigno, prova digital, da própria Apple. Não há como esconder ou ocultar uma coisa que não existe (na casa de Cavalcante).”