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CVM pune fraude em gestão de fundos com multas de meio bilhão de reais

Do valor total em sanções, 98% recai sobre o economista Manoel Carvalho Neto e sua gestora Silverado, hoje chamada Florim Consultoria

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 out 2024, 16h33 - Publicado em 16 out 2024, 15h30
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  • A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) puniu o economista Manoel Carvalho Neto e os demais acusados no caso da antiga gestora de fundos Silverado (depois rebatizada de Florim Consultoria) com multas que somam meio bilhão de reais.

    Carvalho Neto e a Florim respondem por 98% dos 497.948.795,16 reais em sanções, mas as punições também alcançam BNY Mellon, a massa falida da Gradual, Santander Caceis, Deutsche Bank e diretores que, à época da fraude, respondiam pelas carteiras dessas instituições.

    Os acusados punidos poderão apresentar recurso com efeito suspensivo ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

    Veja, abaixo, todas as multas aplicadas pela CVM no caso Silverado:

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    Entenda o caso

    O escândalo veio à tona em 2016, depois de a agência de risco Standard & Poor’s anunciar que tinha retirado a classificação dos fundos de direitos creditórios (FIDCs) da Silverado, uma vez que não satisfaziam critérios mínimos para uma avaliação de rating.

    Ao se debruçar sobre o caso, a CVM concluiu que Carvalho Neto conduziu operações fraudulentas que levaram à “destruição” do patrimônio líquido de três fundos “em poucos meses” – coisa de 560 milhões de reais, à época.

    Em valores atualizados, o rombo soma cerca de 870 milhões de reais. Entre as vítimas do golpe há clientes do porte de J.P. Morgan, SulAmérica Investimentos e a Aguassanta, da família Ometto. 

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    Os credores incluíram na denúncia representantes de instituições que faziam a administração e custódia dos fundos, sob a acusação de que não teriam feito a diligência necessária para garantir a confiabilidade das operações da Silverado.

    Depois de esmiuçar a papelada da Silverado, a área técnica da CVM identificou que Carvalho Neto usou empresas de fachada para emitir notas fiscais e faturas frias. Na prática, grande parte das operações que originaram os créditos constantes nas carteiras dos FIDCs “nunca ocorreu”, afirma a autarquia em relatório.

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